"Assistência integral a mulher sempre com muito carinho, respeito e amor."

Sobre mim

Para quem ainda não me conhece, eu sou a Dra. Lud!

Escolhi a Obstetrícia desde criança. Falava com minha mãe que queria ser médica de “fazer parto”. Naquela época, eu nem sabia que eu não precisava fazer o parto: este papel é só – e somente só – de cada mulher!

Esforcei-me para gostar de outras especialidades na faculdade, mas a ginecologia e a obstetrícia me encantaram. Sou formada pela faculdade de medicina da UFMG. Tenho residência em Ginecologia e Obstetrícia pela maternidade Odete Valadares, e em Medicina Fetal pelo Hospital das Clínicas da UFMG. Cursei mestrado e doutorado nessa mesma faculdade, na área de Saúde da Mulher. Sou professora da disciplina de Ginecologia e Obstetrícia há mais de 10 anos.

Logo após retornar ao Hospital das Clínicas para dar sequência à minha formação, trabalhei no hospital Risoleta Neves, onde me deparei com a assistência multidisciplinar: enfermeiros e médicos trabalhando juntos para que a mulher fosse a protagonista do seu parto. Fui arrebatada pelo movimento da humanização do nascimento: incentivar a educação perinatal; devolver à mulher o papel central do parto; torná-la consciente das suas escolhas; permitir que ela, de forma segura e responsável, tome as decisões sobre o nascimento do seu filho; assegurar que ela tenha sua autonomia respeitada; acolhê-la sempre. No meio de todo este processo, vivi dois partos normais: Alice e Felipe. Filhos abençoados que Deus me concedeu. Partos lindos, leves, amorosos, repletos de saúde, segurança, respeito e amor.

Nos últimos anos, comecei a observar que as mulheres cuidadas por mim estavam adentrando outra fase da vida. Com a chegada dos 40 anos, observamos algumas mudanças no nosso corpo, e junto delas vem o medo de passar pela fase de transição e chegar a tão desafiadora menopausa. Entendi que eu precisava aprofundar meus conhecimentos na ginecologia para poder cuidar das mulheres também nesta outra fase da vida, com embasamento científico e responsabilidade. Iniciei, então, uma pós-graduação em ginecologia endócrina e reprodutiva, onde atualizei meus conhecimentos sobre menopausa e terapia de reposição hormonal, bem como sobre as diversas ações dos hormônios nos aspectos contraceptivos e sobre as inúmeras doenças relacionadas à endocrinologia ginecológica.

Portanto, me dedico ao trabalho de cuidar de mulheres, grávidas e não grávidas, que planejam ou vivenciam uma gestação ou que desejam ser bem-cuidadas e acolhidas. Dedico-me aos cuidados da mulher em todas as fases de sua vida: adolescência, vida adulta, menopausa e pós-menopausa.

Atendimento em Ginecologia: Rotina e Endocrinologia Ginecológica

Considerando que nosso foco é realizar o cuidado integral da saúde da mulher, em todas as fases da sua vida, realizamos o atendimento em ginecologia geral (rotina) e em endocrinologia ginecológica. Cuidamos das mulheres que desejam aconselhamento sobre métodos contraceptivos e daquelas que são portadoras de alguma condição endócrina associada à ginecologia, como Síndrome de Ovários Policísticos, distúrbios menstruais, hiperprolactinemia, tensão pré-menstrual, climatério e menopausa (inclusive com orientações sobre terapia de reposição hormonal), entre outras.

Gestação de Alto Risco, Medicina Fetal e Acompanhamento Ultrassonográfico

Nosso parceiro Dr. Tiago Lanfernini é o responsável pelo acompanhamento das gestações de alto risco e daquelas em que identificamos um possível comprometimento fetal. Dr. Tiago tem residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Maternidade Odete Valadares e em Medicina Fetal pelo Hospital das Clínicas da UFMG, e é mestre em Saúde da Mulher por esta mesma universidade. Por muitos anos, foi um dos responsáveis pelo serviço de gestação de alto risco do Hospital Júlia Kubistchek. Vem se destacando no acompanhamento ultrassonográfico das gestantes e, atualmente, é um dos ultrassonografistas mais renomados de Belo Horizonte, referência para um grande número de obstetras.

As consultas são realizadas no consultório e os ultrassons são realizados na Clínica Eccos.

Gestação de Alto Risco, Medicina Fetal e Acompanhamento Ultrassonográfico

Nosso parceiro Dr. Tiago Lanfernini é o responsável pelo acompanhamento das gestações de alto risco e daquelas em que identificamos um possível comprometimento fetal. Dr. Tiago tem residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Maternidade Odete Valadares e em Medicina Fetal pelo Hospital das Clínicas da UFMG, e é mestre em Saúde da Mulher por esta mesma universidade. Por muitos anos, foi um dos responsáveis pelo serviço de gestação de alto risco do Hospital Júlia Kubistchek. Vem se destacando no acompanhamento ultrassonográfico das gestantes e, atualmente, é um dos ultrassonografistas mais renomados de Belo Horizonte, referência para um grande número de obstetras.

As consultas são realizadas no consultório e os ultrassons são realizados na Clínica Eccos.

Atendimento em Ginecologia: Rotina e Endocrinologia Ginecológica

Considerando que nosso foco é realizar o cuidado integral da saúde da mulher, em todas as fases da sua vida, realizamos o atendimento em ginecologia geral (rotina) e em endocrinologia ginecológica. Cuidamos das mulheres que desejam aconselhamento sobre métodos contraceptivos e daquelas que são portadoras de alguma condição endócrina associada à ginecologia, como Síndrome de Ovários Policísticos, distúrbios menstruais, hiperprolactinemia, tensão pré-menstrual, climatério e menopausa (inclusive com orientações sobre terapia de reposição hormonal), entre outras.

Atendimento Humanizado

Ainda recebo casais no consultório que se sentem confusos em relação ao conceito de humanização do nascimento. Muitas mulheres tem medo do “parto humanizado”, por acreditarem que este termo se refere ao parto natural, sem analgesia.

O conceito de humanização vai muito além da via e do tipo de parto. Ele abrange o fortalecimento da mulher como protagonista do parto; a educação do casal para que tome decisões conscientes e pautadas na ciência; os esclarecimentos sobre os melhores caminhos e sobre as melhores escolhas que podem ser tomadas no processo de nascimento; o respeito à fisiologia do corpo da mulher, com intervenções somente necessárias, contribuindo para uma evolução mais espontânea e natural do parto.

Esclarecer sobre o conceito de humanização é um dos pontos principais do acompanhamento pré-natal. Traz leveza, tranquilidade e segurança; fortalece a relação entre equipe e gestante; contribui para a vivência positiva do parto.

E você? Também tinha dúvidas sobre o conceito de humanização? Não deixe de esclarecê-las! O conhecimento reduz o medo e contribui pra uma gestação mais leve e tranquila.

"A humanização é uma parte muito importante do meu trabalho."

Um ambiente em que a mulher sinta-se confiante. Um ambiente em que a mulher possa chegar, relaxar, tomar um chá ou um café, ouvir uma boa música e ser bem acolhida por toda a nossa equipe. Um ambiente que possa ser um respiro em meio à correria do dia a dia.
Venha conhecer o nosso espaço! Entre e sinta-se em casa!

Nosso espaço

Conheça o consultório

Nosso espaço foi idealizado para acolher mulheres em todas as fases de sua vida, grávidas ou não, assim como suas famílias.
Quando planejei o consultório, pensei em um ambiente que pudesse ser tranquilo, agradável e confortável. Um ambiente que pudesse transmitir a segurança de um bom cuidado e de um bom atendimento.

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Muito além do parto...

MITOS e VERDADES

Descubra o que é mito e o que é verdade na obstetrícia e ginecologia.

- Obstetrícia

MITO!

Teoricamente, o trabalho de parto é dividido em fases: dilatação do colo uterino, expulsão fetal, dequitação (saída) placentária e observação.

A maioria das mulheres acredita que o período expulsivo representa o momento em que sentirão as dores mais intensas do parto. Mas, na verdade, o que percebemos é que o momento mais exigente do processo de nascimento é o final da dilatação do colo do útero, entre os 7 e os 10 cm de dilatação. Esse período é também conhecido como fase de transição. Essa fase precede a fase expulsiva e envolve uma descarga grande de adrenalina e altíssima liberação de endorfinas. Ao final da fase de transição, a mulher começa a apresentar uma vontade instintiva de fazer os puxos (força de expulsão), ajudando seu bebê a nascer.

Ao chegar ao período expulsivo, a frequência das contrações uterinas costuma reduzir um pouco e a sensação dolorosa também se modifica, podendo ser percebida mais como pressão na vagina ou no ânus do que propriamente como dor. Para uma grande parte das mulheres, se conseguirmos ajudá-las a passar pela fase de transição utilizando os métodos não farmacológicos de alívio da dor (massagens, mudança de posição, imersão em água morna, apoio e acolhimento, entre outros), o período expulsivo torna-se bastante tolerável, resultando em um parto natural, sem a necessidade de analgesia farmacológica.

No entanto, vale lembrar que a assistência humanizada preza pela individualização: cada mulher tendo seus limites respeitados e sendo acolhida para que viva uma experiência positiva do parto!

MITO!

Certamente, a grande maioria das mulheres já ouviu esta afirmação: “Você só poderá pedir anestesia durante o trabalho de parto quando estiver com 6cm (ou um número próximo disso) de dilatação”. Esse é um dos maiores mitos que envolvem a assistência ao parto na atualidade. 

A analgesia farmacológica é indicada quando os métodos não farmacológicos não conseguem mais aliviar o sofrimento da gestante. Segundo as Sociedades Americanas de Obstetrícia e Anestesia, a analgesia farmacológica deve ser realizada quando a gestante solicitar. Quem determina o momento mais adequado para receber a analgesia é a própria mulher em trabalho de parto. 

Como a analgesia farmacológica não é isenta de riscos, o ideal é, primeiramente, abusar dos métodos não farmacológicos de alívio da dor.  A imersão em água, as massagens, o suporte do acompanhante, a presença da doula e o apoio de toda a equipe apresentam um impacto muito positivo sobre o manejo da dor do parto. Para muitas mulheres, a dor não representa sofrimento. Ela pode ser vista como algo benéfico e responsável por trazer uma vida ao mundo! No momento em que esta dor se tornar sofrimento, prejudicando a vivência do parto, a analgesia pode ser solicitada. 

Conversar sobre analgesia farmacológica e seus riscos e benefícios para o parto é extremamente importante no processo de educação perinatal da gestante e de sua família. Optar (ou não) pela analgesia de forma consciente contribui de forma significativa para a vivência agradável e positiva do parto!

VERDADE!

A analgesia peridural representa a técnica anestésica mais frequentemente realizada para redução da dor durante o trabalho de parto. Além da injeção de anestésicos no espaço peridural, a técnica inclui a inserção de um cateter, isto é, um dispositivo que permanece alocado no espaço peridural para administração de doses subsequentes de anestésicos ao longo do trabalho de parto, caso a gestante volte a sentir dores intensas e solicite outras doses de analgesia. 

Mesmo com toda a técnica utilizada para proteção do cateter, seu posicionamento estabelece uma ligação do espaço peridural com o meio externo, aumentando, portanto, o risco de infecções. Sendo assim, após receber analgesia farmacológica com inserção do cateter, não será possível retornar ao chuveiro ou à banheira de parto.

Aproveite bastante os métodos não farmacológicos de alívio da dor antes da solicitação da analgesia. Informe-se e se prepare para viver este lindo momento que é o nascimento do seu filho!

MITO!

Durante as conversas sobre o trabalho de parto e o parto vaginal, muitas mulheres manifestam grande medo de evacuar ao longo de todo o processo. Mesmo para as mulheres que desejam parir naturalmente, a eliminação de fezes pode ser um grande tabu e gerar um profundo constrangimento. Um dos grandes medos dessas mulheres é o de que isso possa aumentar o risco de infecção para os recém-nascidos.

Essa suposição não procede. A eliminação de fezes maternas durante o processo de parto não aumenta o risco de infecção para os seus bebês. A educação perinatal deve abordar essa questão: tranquilizar as mulheres é fundamental. Explicar que evacuar ao longo do parto é algo extremamente fisiológico pode aliviar a sensação de constrangimento. 

Para os profissionais, a eliminação de fezes pode ser motivo de comemoração: o bebê pressiona o reto, porção final do intestino, próximo do momento de nascer. É algo totalmente normal e habitual para os partos vaginais! Além disso, os hormônios envolvidos no trabalho de parto podem estimular também os movimentos intestinais, aumentando a frequência de evacuações durante o trabalho de parto. Portanto, representa algo comum e natural para os partos vaginais!

MITO!

Nos dias atuais, essa afirmação pode parecer irrelevante. Porém, não é o que percebemos durante os atendimentos de pré-natal. Um grande número de gestantes e de seus parceiros ainda acredita que as relações sexuais são sempre contraindicadas durante a gestação, o que, de fato, não procede. Se a mulher apresenta sangramento vaginal durante a gestação, placenta de inserção baixa ou algum risco para prematuridade, é indicada a suspensão da atividade sexual durante o período gravídico. Nos demais casos, não há contraindicação formal para manter as relações sexuais. Tendo dúvidas, não hesite em conversar com a equipe que te acompanha durante o pré-natal. 

Na prática, algumas mulheres podem observar aumento da libido durante a gestação. Outras se sentem desconfortáveis e preferem suspender a prática. Alguns parceiros também não se sentem à vontade para manter a atividade sexual nesse período. Importante respeitar a individualidade de cada casal!

MITO!

Infelizmente, mesmo nos dias de hoje, ainda percebemos que muitos parceiros não consideram importante se prepararem para o parto. Mas a educação perinatal deve envolver o parceiro e os familiares que porventura irão acompanhar o nascimento do bebê. Quando o parceiro ou a família não compreendem a filosofia de parto da mulher, observamos um grande aumento na ansiedade, no medo e nas expectativas frente ao parto. Uma mulher acolhida pelo seu companheiro se sente segura e fortalecida e se entrega profundamente à vivência do parto. 

Além disso, a família que é preparada pela educação perinatal compreende as fases do parto e os riscos e benefícios de cada escolha que será feita pela mulher. A própria ansiedade dos companheiros e da família, que tanto assombra e confunde as mulheres – principalmente na fase final da gestação –, reduz substancialmente. Portanto, mergulhe de cabeça nos cursos de preparo para o parto, amamentação e puerpério, e leve junto seu parceiro e familiares que participarão desse momento com você. Certamente, sua vivência será mais leve, amorosa e tranquila!

VERDADE!

A prática de atividade física durante a gestação impacta de forma significativa sobre a evolução saudável da gravidez e do parto. Contribui para o controle adequado do ganho de peso, para a melhora da flexibilidade, para a redução de dores articulares e para a disposição da mulher ao longo da gravidez. Uma mulher fisicamente ativa durante a gestação se apresenta mais bem disposta e com melhor mobilidade para vivenciar o trabalho de parto e o parto vaginal. 

A escolha da modalidade de atividade física deve ser discutida com seu médico, de acordo com suas condições de saúde. É importante que a prática seja supervisionada por educador físico ou fisioterapeuta capacitado para o acompanhamento de gestantes. Os sistemas cardiovascular, respiratório, ósseo e articular da gestante sofrem uma série de modificações que precisam ser levadas em consideração tanto para a escolha da modalidade quanto para a sua prática. Dessa forma, conseguimos garantir que os benefícios da atividade física sejam observados durante a gestação, minimizando os riscos sobre a saúde da mulher.

MITO!

Na maioria das mulheres, o útero encontra-se inclinado para frente, repousando sobre a bexiga, posição conhecida como útero antevertido. Entre 15 a 25% das mulheres podem apresentar útero retrovertido, também conhecido como invertido, reverso, retroflexo ou virado. Nessa condição, o útero encontra-se voltado para a região posterior do corpo, virado na direção da coluna vertebral e do segmento final do intestino.

Algumas mulheres possuem o útero retrovertido desde o nascimento. Em outras, a retroversão uterina pode ser adquirida em algumas situações:
• durante o parto (em geral, transitória);
• pela flacidez dos ligamentos que fixam o útero à pelve ou a outros órgãos;
• pela presença de miomas; 
• pela presença de cicatrizes provocadas pela endometriose ou por infecções pélvicas.

A retroversão uterina não é uma doença! Representa uma variante anatômica normal e não costuma trazer consequências graves para a saúde da mulher. Entretanto, está mais associada aos casos de endometriose, causa importante de infertilidade.

A retroversão uterina não é, por si só, indicação de cesariana!!! Durante a gestação, o útero se move naturalmente. Além de aumentar de tamanho, ele ocupa toda a pelve da mulher e assume uma posição mais próxima do habitual, o que não resulta em prejuízos para a via de parto vaginal.

MITO!

Às vezes, quando alguém ouve que foi preciso recorrer ao fórceps durante um parto, os olhos se arregalam. Muitas gestantes ficam tensas só de pensar no instrumento. Mas hoje eu estou aqui para te dizer que o fórceps pode ser um grande amigo. E que o seu uso não apaga as vantagens de um parto normal! 

O fórceps pode ser um grande aliado da mulher, do bebê e da equipe de assistência em determinadas situações. Como o trabalho de parto é extremamente dinâmico, a necessidade de usá-lo não é previsível com antecedência, em regra. Às vezes, por exaustão materna ou por uma dose de analgesia elevada, a mulher perde a capacidade de fazer força e não consegue expulsar seu bebê. Pode ser, também, que uma queda dos batimentos cardíacos fetais gere a necessidade de agir de uma forma mais rápida e eficaz para acelerar o nascimento e proteger o bebê. Essas são apenas algumas indicações do uso de fórceps, de forma sucinta e resumida.

Há dois tipos diferentes de fórceps: basicamente, um deles ajuda o bebê a rodar e o outro ajuda o bebê a descer.

🔸O fórceps que ajuda o bebê a rodar (fórceps de Kielland) é usado quando o bebê está mais alto. Seu emprego exige muito treinamento, por isso ele depende de uma equipe muito qualificada. Hoje em dia ele não é usado com tanta frequência como no passado.

🔸O fórceps mais usado na atualidade é o que chamamos comumente de “fórceps de alívio”. Recorre-se a ele para facilitar a saída do bebê que já está bem próximo da extremidade final do canal de parto. Ele é um grande aliado, pois diminuiu o tempo em que o bebê está submetido a uma situação de sofrimento fetal ou de baixa oxigenação.

O fato de o fórceps ter sido necessário em um parto indica que houve um sinal de alerta, e não que se concretizou algum evento adverso. Muito pelo contrário: quando seu uso é bem indicado e feito por profissionais capacitados, o fórceps é um recurso que salva vidas e permite um processo de nascimento feliz e muito bem-sucedido! 

MITO!

As gestações gemelares são classificadas como gestações de alto risco, por estarem mais associadas a eventos adversos e complicações. Uma das intercorrências que podem acontecer ao longo de uma gestação gemelar é a prematuridade. Os nascimentos gemelares prematuros podem resultar de: 

🔸Distensão uterina superior à normalmente encontrada naquela idade gestacional. Incentivado pelo aumento do volume uterino, o corpo da mulher entende que o momento do parto está chegando e, portanto, começa a produzir contrações.

🔸Intercorrências gestacionais, como por exemplo alterações na pressão arterial, que podem resultar na interrupção prematura da gestação. 

Além disso, na gestação gemelar, a prematuridade dependerá também do número de fetos, do número de placentas e do número de bolsas amnióticas. Algumas configurações de gestações gemelares estão mais associadas a eventos adversos e, portanto, pode ser necessário uma interrupção antes do momento esperado para o parto. 

Manter um acompanhamento pré-natal adequado reduz as chances de complicações em gestações gemelares. Cuide de você e dos seus bebês!

 

VERDADE!

O diabetes gestacional pode aumentar o risco de complicações fetais. Podemos observar comprometimento do processo de maturação pulmonar, aumento do peso fetal ou mesmo alterações placentárias que podem resultar em riscos para o bebê. 

Algumas mulheres com diabetes gestacional conseguem controlar os níveis glicêmicos com dieta. Outras precisam de insulina. A depender do uso ou não de insulina, existem recomendações a respeito da indução do parto antes de 41 semanas, com o objetivo de reduzir o risco de complicações fetais. Outro benefício da indução reside no fato de os partos de bebês grandes, chamados macrossômicos, poderem cursar com complicações como a distocia de ombros, reduzindo a chance de um parto normal. Se induzirmos na época adequada, o bebê não atingirá um peso que aumentará o risco de complicações no parto vaginal.

Ao mesmo tempo, quando temos um controle adequado das medidas de glicose da gestante, os partos não devem ser prematuros. As complicações da prematuridade podem ser ainda mais graves, em função da lentificação do processo de maturidade pulmonar fetal que ocorre em decorrência do diabetes. Priorizar o equilíbrio nas decisões sobre o momento da indução é fundamental! 

Converse com seu médico para saber quais serão as condutas mais adequadas para o seu caso!

MITO!

Os sangramentos vaginais que ocorrem no início da gestação não necessariamente significam aborto. Quando o embrião se fixa na parede uterina (processo conhecido como nidação), pode ocorrer a ruptura de pequenos vasos sanguíneos, com consequente sangramento. Isso representa somente um processo de “acomodação” do embrião na parede uterina. 

Os sangramentos vaginais podem decorrer, também, de sangramentos do colo uterino, ou seja, de sangramentos externos ao útero. O exame físico realizado pelo médico pode auxiliar na identificação da origem do sangramento.

Em algumas mulheres, o sangramento vaginal no início da gestação pode representar uma ameaça de aborto. Na maioria delas, o sangramento para espontaneamente e a gravidez segue sem maiores complicações. Outras podem, de fato, evoluir para abortos espontâneos, que podem estar associados a alterações genéticas fetais.

Frente ao sangramento no início da gestação, é sempre muito importante passar pelo exame físico minucioso e pela avaliação médica. Comunique seu médico para receber as orientações adequadas.

VERDADE!

Os partos de gestações gemelares podem cursar com um número maior de complicações, quando comparados aos partos de gestações únicas. 

Vários fatores podem aumentar a chance de eventos adversos no parto de gemelares. A apresentação dos fetos (cefálica ou pélvica) pode influenciar o risco de complicações durante o parto. Além disso, a sobredistensão uterina contribui para um aumento no risco de hemorragia pós-parto. A saúde materna também pode contribuir: gestantes sem outros fatores de risco além da gemelaridade podem evoluir com partos mais saudáveis e com menos complicações. 

Entretanto, é importante ressaltar que a gestação gemelar não exclui a possibilidade de um parto normal! Converse com seu médico e informe-se sobre a via de parto mais adequada para você e seus bebês!

MITO!

Você já parou para pensar em qual seria o melhor momento para o primeiro banho do recém-nascido? Geralmente, o líquido amniótico e o sangue são associados à sujeira e, portanto, podemos pensar que o bebê deve ser imediatamente limpo. Mas sabia que, na verdade, o ideal é esperar por algumas horas?! 

A Organização Mundial da Saúde recomenda que os recém-nascidos só tomem seu primeiro banho após as primeiras 24 horas do parto. Em países onde não é possível, por razões culturais, a recomendação é esperar pelo menos 6 horas. O vérnix caseoso (camada de gordura que recobre a pele do recém-nascido) apresenta funções de termorregulação, manutenção da impermeabilidade da pele e proteção contra micro-organismos e, portanto, não deve ser retirado imediatamente após o parto. Ele é naturalmente absorvido nas primeiras 12 horas de vida. 

Postergar o banho do bebê também contribui para o respeito à Golden Hour, com impactos positivos sobre o sucesso da amamentação!

VERDADE!

Logo após o parto, o útero procura se acomodar e retornar à sua função prévia e ao seu tamanho anterior. Para reduzir a perda de sangue, ele se contrai. Por isso, é habitual sentir um pouco de cólica após o parto. E também é tão importante estimular a amamentação neste período. O aleitamento favorece a produção e a liberação de ocitocina, que age também nas contrações uterinas e na redução do sangramento pós-parto. Com a contração do útero e o seu retorno ao tamanho original, o sangramento diminui até desaparecer. 

O sangramento que ocorre no pós-parto é chamado de lóquios e pode durar até cerca de 40 dias após o parto. Ele muda de característica com o passar dos dias. Inicialmente é constituído por sangue; tem tonalidade vermelho-vivo e pode haver coágulos. Posteriormente, pode se tornar mais claro e rosado. Ao final de duas a três semanas, apresenta-se mucoso e discretamente amarelado.

Como o sangramento é mais volumoso nos primeiros dias após o parto, uma dica é usar roupas íntimas ou fraldas descartáveis, que têm capacidades de absorção um pouco superiores aos absorventes comuns. Importante enfatizar que, caso perceba um volume maior de sangramento, principalmente quando já havia ocorrido uma redução desse volume, ou se perceber um odor diferente do habitual, é fundamental comunicar ao seu médico para excluir casos de hemorragia e infecção.

VERDADE!

Uma das dúvidas mais comuns entre as mulheres que esperam um bebê – ou mesmo entre seus familiares – é acerca da hora certa de ir para a maternidade. Trata-se de uma questão realmente importante, pois uma internação oportuna (nem cedo demais, nem tarde demais) pode ser determinante para o desfecho bem-sucedido do trabalho de parto. 

Não há como prever com exatidão um dia ou um horário específicos para a internação: tudo vai depender do caso concreto, da saúde materno-fetal, da existência ou não de circunstâncias ou fatores de alerta. Mas, em regra, o nosso objetivo é que a internação se dê na fase ativa do trabalho de parto (ou seja: naquela fase em que o processo realmente está evoluindo e revelando sinais de que o parto ocorrerá nas próximas horas), e não antes disso. 

As vantagens de se internar na fase ativa são várias: em geral, a internação nesse estágio faz cair o nível de ansiedade da mulher (e mesmo de seu acompanhante), pois reduz o tempo passado no hospital (que é um ambiente mais frio, que costuma gerar mais medo e mais expectativa). Todo esse contexto também é favorável a um número menor de intervenções, o que aumenta a probabilidade de um parto normal bem-sucedido. 

Por isso, o ideal é que, durante a fase latente (estágio preparatório para o trabalho de parto, que pode durar dias ou mesmo semanas), a gestante permaneça em casa. É claro que esse objetivo não pode ser concretizado a qualquer custo, ou sem um acompanhamento adequado. É preciso que, ao ficar em casa, a gestante se sinta (e efetivamente esteja) segura. 

No @institutonascer, nós oferecemos à mulher a possibilidade de ser avaliada em casa, por uma enfermeira obstetra, para que decida, em conjunto com sua equipe, a melhor hora de se encaminhar para a maternidade. Esta é, sem dúvida, uma das formas de concretizar a humanização e as práticas baseadas em evidências.

Quando uma família começa a se interessar pelo universo do parto humanizado, uma das dúvidas mais comuns é: a assistência humanizada é realmente segura e bem-assistida? 

É uma preocupação absolutamente legítima: afinal, toda família deseja que a chegada de seu(s) filho(s) aconteça de uma forma saudável e tecnicamente amparada.

Sim, o parto humanizado é seguro e bem-assistido. Aliás, as técnicas de segurança tradicionais para o acompanhamento do trabalho de parto são iguais às técnicas de acompanhamento de um parto humanizado: ausculta de batimento fetal, monitorização de pressão arterial, monitorização da paciente… tudo isso é feito no âmbito da assistência humanizada, a qual – é importante dizer – se baseia em evidências científicas. O que ocorre no contexto da humanização é que a equipe técnica tenta intervir o mínimo possível, mas sempre dentro do que é seguro. O que se busca é justamente uma alternativa ao uso indiscriminado de intervenções.

Além disso, a assistência humanizada em regra é prestada por uma equipe multidisciplinar, o que garante à mulher que ela não ficará sozinha durante o trabalho de parto e que terá o apoio de uma equipe multiprofissional, capacitada a cuidar, de forma técnica, de cada detalhe do trabalho de parto. Isso, aliás, traz ainda mais segurança ao nascimento. 

De toda forma, durante o acompanhamento pré-natal a gestante terá a oportunidade de sanar todas as dúvidas a respeito das condutas que garantem a segurança materna e fetal. Assim, a mulher certamente estará mais tranquila no momento tão especial da chegada de seu filho! 

MITO!

Você já ouviu falar no termo ”descolamento de membranas” ou “descolamento de bolsa amniótica”? 

Em algumas gestações, considerando as condições de saúde maternas e fetais, pode ser necessário induzir o parto, ou seja, estimular o início das contrações e do trabalho de parto ativo. Uma das formas de se realizar a indução do parto sem utilizar medicamentos é descolando a bolsa amniótica da porção inferior do útero, à qual temos acesso através do exame de toque. Para que essa manobra seja realizada, precisamos de um mínimo de dilatação do colo uterino. A intenção é literalmente descolar a bolsa, e não rompê-la, estimulando de forma indireta a produção de hormônios associados ao desencadeamento do trabalho de parto pelo organismo materno. Pode causar dor (na maioria das vezes suportável), sangramento, ruptura da bolsa amniótica ou uma fase latente de trabalho de parto prolongada. Portanto, o recurso não deve ser utilizado em todas as gestações. 

O descolamento de bolsa representa uma manobra que deve ser discutida com o casal e apenas realizada após decisão compartilhada. Deve-se sempre pesar os riscos e os benefícios. Considerando as gestações que necessitam de indução do parto por motivos reais, o descolamento de bolsa pode ser útil na tentativa de se evitar uma indução medicamentosa. Caso seja necessário, converse com seu médico sobre as indicações, os benefícios e os riscos do descolamento. Sentir confiança nas condutas que são tomadas ao longo do acompanhamento pré-natal certamente impactará de forma positiva na sua experiência de parto! 

MITO!

”Desproporção cefalopélvica” (DCP) é um termo obstétrico usado para determinar uma desproporção entre a cabeça do feto e a pelve materna, com implicações negativas sobre a descida do polo cefálico no trajeto do parto vaginal. 

Acredita-se que seja uma condição rara. Seu diagnóstico somente pode ser confirmado quando a gestante encontra-se em trabalho de parto. Ocorre a dilatação do colo uterino, porém não observamos a progressão do polo cefálico no canal de parto. Torna-se uma indicação de cesariana, visto que, mesmo com exercícios e mudanças de posição da mulher, não observamos descida da cabeça do bebê. 

As possíveis causas incluem bebês grandes (por fatores hereditários, diabetes materno ou gestações prolongadas), posições fetais anormais e anormalidades na pelve materna. Entretanto, vale a pena enfatizar que mesmo bebês considerados grandes podem se adaptar à pelve da mãe e executar o processo de descida no canal de parto normalmente, sem configurar um quadro de DCP. Portanto, não é porque seu bebê é grande que não vai encaixar ou passar pelo canal de parto. Tudo faz parte de um processo de adequação da cabeça fetal à pelve materna, que somente podemos visualizar ao longo do trabalho de parto já estabelecido!

MITO!

Muitas pessoas ainda acreditam que amamentar é um ato natural e instintivo, com o qual saberemos lidar assim que o bebê nascer. Este é um dos maiores mitos que envolvem a maternidade e, infelizmente, impacta de forma muito negativa no estabelecimento e na manutenção da amamentação. 

A grande maioria das mulheres enfrenta muitos desafios logo no início do aleitamento. O cansaço da nova rotina, as noites intermináveis sem dormir, os sentimentos ambivalentes provocados pela avalanche de hormônios do pós-parto. Um bebê que chora, uma mama machucada, um parente que diz que o leite é fraco, a falta de apoio e de confiança em si mesma. Todos esses aspectos podem culminar no insucesso da amamentação. Com a educação perinatal e a preparação para o aleitamento, não necessariamente conseguiremos impedir os problemas. Mas saberemos lidar melhor com eles. Será possível continuar confiando no potencial do corpo da mulher para amamentar.

O processo de amamentação é muito difícil para a maioria das mulheres. Poucas conseguem iniciar e manter o aleitamento sem algum tipo de dificuldade. A mulher precisa aprender a amamentar. O bebê precisa aprender a mamar. Um pouco de técnica e ensino auxiliam muito neste processo. Ter o apoio e o acompanhamento de uma consultora de amamentação contribui significativamente para o sucesso do aleitamento!

Se amamentar fosse fácil, não teríamos tantas campanhas estimulando o aleitamento materno. Aproveite a gestação para estudar e se preparar para esse momento de doação, nutrição e interação profunda com seu bebê!

MITO!

Mecônio é o termo utilizado para designar as primeiras fezes eliminadas por um recém-nascido ou mesmo pelo feto ainda dentro do útero. Sua aparência é escura, de tom esverdeado e consistência viscosa. Quando eliminado ainda dentro do útero, pode estar relacionado a sofrimento fetal e à Síndrome de Aspiração Meconial, por sua vez associada ao comprometimento do sistema respiratório do recém-nascido. 

Porém, em uma grande parte dos trabalhos de parto que cursam com líquido amniótico meconial, não observamos um aumento do risco de mortalidade do bebê. Portanto, o que fazer ao se diagnosticar o mecônio durante o trabalho de parto? Uma cesariana deve ser indicada? Não, não necessariamente. A decisão sobre a via de parto dependerá das condições de saúde da mãe, da fase do trabalho de parto em que ela se encontra e das condições de saúde fetais. O que precisamos saber é se a vitalidade fetal está preservada, excluindo o sofrimento fetal. Realizar uma cardiotocografia durante o trabalho de parto é essencial! A assistência a um trabalho de parto em que se observa líquido meconial exige uma equipe atenciosa e pronta para intervir de forma rápida e oportuna!

Institucional
©09/05/2024 00:06 – Dra. Ludmila Pereira. Todos os direitos reservados.